O yuan chinês enfrenta novos desafios, com a ameaça de desvalorização se intensificando. No entanto, as autoridades chinesas não permanecem inertes, elas estão monitorando a situação de perto e tomando medidas para mitigar os riscos. Segundo informações da Bloomberg, citando Wang Tao, economista-chefe e chefe de pesquisa econômica para a Ásia no UBS, Pequim está planejando ações para desacelerar a desvalorização do yuan no curto prazo.

Recentemente, o governo implementou uma série de medidas de estímulo que, embora ainda em estágio inicial, têm mostrado alguns resultados positivos.

Atualmente, o yuan está pressionado pelo fortalecimento do dólar e pelas potenciais tarifas impostas pelos Estados Unidos. Wang Tao observa que as autoridades chinesas tentarão conter o enfraquecimento da moeda, mantendo-o controlado. Contudo, qualquer desvalorização adicional deverá ter impacto limitado, proporcionando apenas um leve impulso às exportações chinesas.

Caso o yuan continue a perder valor, outros países concorrentes podem considerar uma desvalorização parcial de suas moedas, em um esforço para equilibrar as condições de mercado. Na opinião de Tao, estes movimentos poderiam neutralizar os esforços da China em tornar suas exportações mais competitivas.

A Bloomberg destaca ainda que o governo chinês está intensificando esforços para sustentar o yuan, que atingiu níveis historicamente baixos em relação ao dólar, ampliando as pressões sobre a economia.

Anteriormente, Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, apontou que as autoridades chinesas deverão introduzir uma ampla gama de estímulos monetários e fiscais, que visam combater os impactos das tarifas previstas, bem como a desaceleração prolongada no mercado imobiliário.